Parto empelicado ocorre quando a bolsa amniótica não se rompe, mas o parto acontece sem causar problemas à mãe ou ao bebê
Quando a bolsa amniótica rompe é chegada a tão sonhada hora de ir para a maternidade ter o bebê! A maioria dos casos ocorre desta forma. Porém, existe uma hipótese desta bolsa não ter sido inteiramente rompida após as primeiras contrações. Este fenômeno chama-se “parto empelicado”. Mas há casos em que o bebê nasce com a bolsa intacta.
A beleza do parto do empelicado
Por mais estranho que possa parecer, este tipo de parto não implica em nenhum problema de saúde ao bebê nem à mãe.
Ao contrário, para a área médica que afirma ser um acontecimento raro, o parto empelicado se torna uma cena bonita e interessante de ser presenciada. Isso porque é a chance de acompanhar do lado de fora o que ocorre dentro do útero da mãe durante os nove meses de gestação.
Como a equipe médica procede
No parto empelicado, o médico, geralmente, faz um pequeno corte na bolsa com uma pinça. Então, ela se abre, o líquido amniótico sai e o bebê é retirado. Vale ressaltar que a bolsa amniótica protege o bebê durante toda a gestação.
Crença popular
Existe uma crença popular de que um bebê que nasce dentro da bolsa amniótica terá muita sorte durante toda sua vida.
Condição rara
Já para a medicina, o parto empelicado é um fenômeno muito raro para o mundo contemporâneo. Isso porque o natural neste caso é a bolsa amniótica “estourar”, que é justamente o sinal de correr para a maternidade. Sendo assim, um bebê vem ao mundo nestas condições uma vez a cada 80.000 nascimentos.
Nascimentos por ano
De acordo com o Instituto Nascer, por exemplo, os casos de partos empelicados acontecem em torno de duas vezes por ano.
Além disso, o instituto é reconhecido por contar com um modelo de cuidado mais respeitoso e com menos intervenções no processo de nascimento. Portanto, quando ocorre um parto empelicado, para a equipe médica é uma grata surpresa e bem-vinda.
Exames
Contudo, a medicina afirma que não é possível prever um parto empelicado por meio de exames. Mas é possível evitá-lo, pelo fato do médico conseguir romper a bolsa durante o trabalho de parto. Consequentemente, ele consegue acelerar e aumentar as contrações.
Traz algum risco à saúde para o bebê ou a mãe?
Este tipo de parto não traz nenhum malefício para o bebê nem para mamãe, como já dito acima. Mas, o fato do bebê não ter contato com a flora intestinal bacteriana vaginal da mulher possa ser um suposto problema.
De acordo com estudos recentes, a passagem pelo canal vaginal da mãe é importante no intuito de colonizar o bebê com baterias e micro-organismos para os quais o bebê recebeu imunidade. Então, este fator seria importante para ligar o sistema imunológico do bebê de uma maneira mais precoce e efetiva.
Portanto, no caso de um parto empelicado, o bebê não terá o contato com essa flora bacteriana importante. Mas vale ressaltar que estas são apenas reflexões focadas nas teorias do Microbirth.
Benefícios
Segundo relato de algumas mães, o trabalho de parto foi menos doloroso com a bolsa amniótica intacta. Além disso, este tipo de parto para o bebê pode gerar uma passagem mais confortável pelo canal vaginal. Isso porque com a bolsa inteira é criada uma espécie de lâmina d’água que teoricamente facilitaria os movimentos de rotação do bebê na pelve materna. Com isso, o parto seria mais fácil e mais suave ao bebê. Por fim, teria menos pressão nas contrações sobre o bebê e menor risco de compressão patológica do cordão umbilical.
Condições favoráveis
Pelo parto empelicado existem as seguintes condições favoráveis:
Partos naturais sem intervenções;
Partos de bebês prematuros;
Partos gemelares com cada bebê dentro de sua bolsa;
Partos gemelares de bebês prematuros;
Cesariana de bebê muito prematuro com incisão vertical e ampla no corpo do útero.
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