Parto normal: Como se preparar para ele

O parto normal é o sonho da maioria das mamães e por vários benefícios, entre os quais, a recuperação mais rápida do pós-parto. Mas, as mães de primeira viagem podem possuir algumas dúvidas de como se preparar para o parto normal. Se você se enquadra neste grupo, este artigo é para você!

Além da preparação do trabalho de parto, a Organização Mundial de Saúde recomenda algumas condutas para a gestante e também abordaremos aqui.

Como se preparar para o parto normal

Quando é chegado o nono mês de gestação, a mulher grávida já pode começar a se preparar para seu parto. É recomendável e importante que a gestante tenha realizado o pré-natal desde o início para detectar qualquer fator de risco, por exemplo. Feito isso, as últimas semanas de gravidez faz com que a mamãe tome várias decisões.

A seguir, você vai conferir as mais comuns e importantes.

Faça exercícios nos meses que antecedem

Praticar exercícios físicos regulares tem a função de aliviar as dores e desconfortos provocados pelas várias alterações no organismo. Isso fortalece a musculatura e facilita o desempenho na hora do nascimento do bebê.

Mas tais exercícios devem ser recomendados pelo médico e com a ajuda de um educador físico.

Preparo psicológico

Um parto normal para ter sucesso exige que a gestante também tenha preparação emocional. O começo é escolher quem vai acompanhar a gestante durante a hora do momento do parto.

Tem se falado muito nisso, pois parteiras e profissionais de saúde notaram que quando o parto é acompanhado por uma pessoa querida e especial pela gestante, as chances de usar anestesia e outros recursos são diminuídas. Portanto, escolha bem a pessoa que irá lhe acompanhar no grande dia. Ela precisa transmitir segurança, e entender e respeitar seus desejos expectativas e preferências.

Como saber que está em trabalho de parto?

Esta fase começa com as contrações e a gestante deve observar quando começou e se daqui mais ou menos meia hora terá outra. Além disso, próximo da data do parto, a barriga fica mais dura, com contrações que não duram muito tempo. Porém, antes de ir para o hospital, tome um banho, repouse e observe se estas contrações seguem fortes e regulares. Mas tenha em mente que ainda pode não estar em trabalho de parto, e encare como um treino.

É importante entender quais são as fases do trabalho de parto e o que cada uma configura no processo.

Como é a indução ao parto normal?

Essa questão varia de mulher para mulher. O que é considerado um parto ativo, por exemplo, é quando a gestante já está com quatro centímetros de dilatação, com contrações frequentes e regulares. Além disso, no mínimo são três contrações, de 30 a 35 segundos cada uma, no período de 10 minutos. Portanto, se a mulher estiver com quatro centímetros e uma contração somente e esporádica, ela ainda não entrou em trabalho de parto.

Por outro lado, dias antes do parto poderá sair pela vagina um muco grosso amarelado, com aspecto de clara de ovo, e também com sangue, chamado tampão mucoso. Este é um indício de que o parto está próximo e esse sangramento faz parte das fases. E se vier um sangramento vermelho bem vivo, em grande quantidade, a recomendação é que ela vá imediatamente para o hospital.

É necessário jejum para ter um parto normal?

Por se tratar de muito esforço durante a hora do parto, prefira comidas mais leves e sucos naturais. Eles são de fácil digestão. Mas lembre-se que devem ser ingeridas pequenas porções, isso tanto para os alimentos quanto para as bebidas.

Não é necessário ficar de jejum. Isso porque pode ocasionar uma hipoglicemia (nível de açúcar no sangue muito baixo), levando a gestante à fraqueza, tonturas, enjoos, vômitos e até desmaios.

Importante saber também que se quiser, a gestante pode também comer um chocolate ou rapadura, pois eleva a glicemia. É bom se alimentar mesmo que apresente náuseas.

Em caso de estar com a pressão alta ou ter problemas de pressão alta, é preciso ter cuidado com a alimentação e evitar comida gordurosa e fritura.

É necessário fazer depilação antes?

Não é obrigatório se depilar antes do parto e nem na hora do parto. Neste caso, os pelos são uma proteção natural para a vagina. Portanto, não é preciso retirá-los. Mas pode aparar os pelos e com antecedência. Entretanto, se optar pela gilete, ao fazer isso no dia do parto, pode provocar uma lesão na pele que pode se transformar em uma infecção. Tenha cuidado!

Recomendações da OMS

Agora que você já sabe um pouco do que fazer no preparo para um parto normal, confira abaixo algumas condutas que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda para este momento também:

Plano individual determinando onde e por quem o parto será realizado, feito em conjunto com a mulher durante a gestação, e comunicado a seu marido/ companheiro e, se aplicável, a sua família;

Avaliar os fatores de risco da gravidez durante o cuidado pré-natal, reavaliado a cada contato com o sistema de saúde e no momento do primeiro contato com o prestador de serviços durante o trabalho de parto e parto;

Monitorar o bem-estar físico e emocional da mulher ao longo do trabalho de parto e parto, assim como ao término do processo do nascimento;

Oferecer líquidos por via oral durante o trabalho de parto e parto;

Respeitar a escolha da mãe sobre o local do parto, após ter recebido informações;

Fornecimento de assistência obstétrica no nível mais periférico onde o parto for viável e seguro e onde a mulher se sentir segura e confiante;

Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto;

Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto;

Respeitar a escolha da mulher quanto ao acompanhante durante o trabalho de parto e parto;

Oferecer às mulheres todas as informações e explicações que desejarem;

Não utilizar métodos invasivos nem métodos farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto e parto e sim métodos como massagem e técnicas de relaxamento;

Fazer monitorização fetal com ausculta intermitente;

Usar materiais descartáveis ou realizar desinfeção apropriada de materiais reutilizáveis ao longo do trabalho de parto e parto;

Usar luvas no exame vaginal, durante o nascimento do bebê e na dequitação (expulsão) da placenta;

Liberdade de posição e movimento durante o trabalho do parto;

Estímulo a posições não supinas (deitadas) durante o trabalho de parto e parto;

Monitorar cuidadosamente o progresso do trabalho do parto, por exemplo pelo uso do partograma da OMS;

Utilizar ocitocina (hormônio que provoca as contrações do útero) profilática na terceira fase do trabalho de parto em mulheres com um risco de hemorragia pós-parto, ou que correm perigo em consequência de uma pequena perda de sangue;

Esterilizar adequadamente o corte do cordão;

Prevenir hipotermia (baixa temperatura) do bebê;

Realizar precocemente contato pele a pele, entre mãe e filho, dando apoio ao início da amamentação na primeira hora do pós-parto, conforme diretrizes da OMS sobre o aleitamento materno;

Examinar rotineiramente a placenta e as membranas.

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