Cinta pós-parto nem sempre é recomendada e é preciso estar atenta à opinião dos médicos
Um assunto que às vezes pode gerar polêmica entre as mamães é o uso da cinta pós-parto. Se você tem esta dúvida, acompanhe aqui os prós e contras e o que recomenda a classe médica.
Uso da cinta pós-parto
Em razão de a barriga demorar a voltar à aparência de antes da gravidez, muitas mamães optam pelo uso da cinta pós-parto. Entretanto, nem sempre este item de pós-parto é recomendado. Isso porque não é a cinta que vai auxiliar os órgãos a voltarem ao lugar. E muito menos ajudar na perda de peso e na flacidez conquistada durante os últimos meses. É o que afirma o Obstetra da Clínica Mater Prime, de São Paulo, Rodrigo da Rosa Filho. Portanto, o especialista não indica o uso da cinta.
Vantagens da cinta
Em suma, a grande vantagem da cinta é que ela pode oferecer às mamães maior segurança para se mexerem e se locomoverem após uma cesárea. Além disso, pode aliviar as dores nas costas que venham a sentir. Isso porque o acessório é capaz de fazer um ajuste de postura, reduzindo assim a tensão muscular e faz com que com a mulher ande mais ereta, explica Rosa Filho. Porém, no caso de mulheres que tiveram partos normais ela não tem utilidade alguma.
Ainda sobre casos de cesárea, as mulheres devem tomar cuidado com o uso da cinta para que ela não prejudique no processo de cicatrização. Sendo assim, o tamanho da cinta é muito importante, pois se ela for muito apertada pode afetar a irrigação sanguínea.
“O trauma da cinta ficar raspando na ferida cirúrgica também pode atrapalhar esse processo.”
Por isso, os médicos recomendam que antes de usar o acessório é bom fazer um curativo, colocando uma gaze na região da cicatriz.
Período de uso
Contudo, os médicos se preocupam também o período de uso da cinta. No caso, o obstetra Rosa Filho aconselha que isso seja realizado apenas 72 horas após o parto. E ainda reforça que o uso deve ser o mínimo possível, em torno de seis a oito horas diárias, e “não mais do que 20 dias depois do parto”.
Tipos de cinta
Assim que o obstetra aprova o uso, é importante a mãe encontrar i tamanho adequado e também se atentar ao tipo de tecido da cinta.
Abaixo, veja os modelos:
- Tipo Body – Ele cobre a parte do tronco inteiro, servindo como calcinha e sutiã ao mesmo tempo e dá à mulher maior sensação de segurança. E ainda possui uma abertura na área dos seios para a amamentação e colchetes na parte de baixo. Portanto, não é necessário tirar a peça inteira quando for ao banheiro.
- Tipo Sling U – Este é o modelo mais básico, que parece uma calcinha de cintura alta. Mas com mais poder de compressão. Elas costumam ser fabricadas sem costuras e com reforço na parte do abdômen.
- Tipo corset – Ele se assemelha a um corset, com fecho de colchetes na lateral de três regulagens. A diferença é que não possui barbatanas nem o fecho frontal, os colchetes são todos forrados, de forma que não entrem em contato com a pele.
Limpeza do acessório
Outro fator importante do uso da cinta pós-parto é como limpar o acessório. Neste caso, se estiver bastante úmido, em função da transpiração, ele pode ser fonte de bactérias e provocar infecções.
Cinta pós-parto e a Flacidez
Por fim, a flacidez no abdômen, segundo Rosa Filho, é um processo fisiológico natural do corpo. O médico afirma que o que ajuda mesmo nesta situação é a prática de atividade física aliada a uma reeducação alimentar. E que a cinta provoca apenas uma falsa sensação de melhora no aspecto da pele.