Há cinco tipos de mamoplastia: de aumento, redutora, reparadora, reconstrutiva e mastopexia
Quando a mulher tem planos de engravidar é natural surgirem dúvidas quanto à forma de suas mamas. Neste caso, diz respeito se ela deve ou não realizar uma mamoplastia antes ou após uma gravidez. Neste artigo, você saberá quais são os tipos de mamoplastia. E, se quem já possui próteses de silicone, a amamentação pode ser prejudicada, além de ser possível ou não detectar um câncer de mama.
Quais são os tipos de mamoplastia?
Aumento
A cirurgia de mamoplastia mais conhecida entre as mulheres é a colocação de prótese de silicone com a intenção de aumentar as mamas. E isso pode ser um desejo estético em querer aumentar o tamanho. Muitas mulheres se sentem com a autoestima melhor quando tem o tamanho das mamas aumentado.
Redutora
Já a mamoplastia redutora diz respeito àquelas mulheres que desejam reduzir as mamas. Por exemplo, se uma mulher sente a coluna prejudicada pelo tamanho e peso de seus seios, é o caso de fazer uma redução. No entanto, há um questionamento aqui de quando o procedimento deve ser feito: antes ou após a gravidez. E isso depende. Se a mulher for mais jovem, até uma adolescente que sofre com o peso das mamas, ela deve e pode realizar a cirurgia sem precisar esperar passar uma gravidez.
Agora para as mulheres que podem esperar pelo procedimento, o recomendado é fazer a cirurgia redutora após seis meses do término de amamentação. Isso porque os hormônios da gravidez e lactação demoram um tempo para ficarem em níveis estáveis novamente (pré-gravídicos).
Reparadora
A cirurgia reparadora ou mastoplastia trata de desproporções, assimetrias acentuadas, diminuição da aréola, entre outros casos que incomodem a mulher. No caso de uma desproporção, é possível aumentar o seio menor ou reduzir o maior, e reposicioná-los.
Reconstrutiva
Este tipo de mamoplastia é bastante recomendado para mulheres que tiveram câncer de mama. A paciente pode remover uma ou as duas mamas (mastectomia) e em seguida reconstruí-las na mesma cirurgia. Há casos em que a reconstrução é feita com a retirada de tecido de outras partes do corpo.
Mastopexia
A mastopexia ou “lifting de mamas” é uma técnica que levanta o tecido mamário com ptose (caídos). Este lifting pode ser ou não relacionado ao aumento dos seios conforme a vontade da paciente. A técnica irá retirar a pele em excesso e se necessário reposicionar os mamilos para reverter o aspecto caído.
Tenho prótese de silicone, posso amamentar?
Para as mulheres que já possuem prótese de silicone, a notícia é que sim, podem amamentar seu bebê. É o que afirma o cirurgião plástico Allan Bernacchi:
“O implante de silicone é feito de um gel coeso, que não vaza nem escorre, revestido por uma outra cápsula de silicone. Quando colocado corretamente por um médico habilitado e bem treinado, vai estar ou exatamente atrás da glândula mamária ou atrás do músculo peitoral. Se a mulher tiver genética para aleitar, ela irá aleitar, o silicone não interfere no aleitamento.”
Pode haver troca do silicone após a gravidez?
O doutor Allan enfatiza sobre o aumento das mamas na gravidez e de como elas podem murchar após a fase de amamentação.
“Durante a gestação, a maioria das mulheres nota um aumento nos seios. Após a amamentação, as mamas murcham e, dependendo do grau, pode acontecer sobra de pele.”
Contudo, esta sobra de pele pode ocorrer em mulheres com ou sem silicone, e também ressalta:
“A prótese de silicone continuará intacta. A mama é que agora terá um formato diferente, e, em alguns casos, é necessário realizar um ajuste de pele. Esse ajuste pode ser feito sem trocar o silicone. Mas algumas mulheres aproveitam esse momento para aumentar o tamanho da prótese.”
Câncer de mama
Por outro lado, muitas mulheres questionam se possuir próteses de silicone pode dificultar a detecção de um câncer de mama.
De acordo com o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli:
“No caso do exame de toque, a palpação pode ser prejudicada, no caso de haver algum nódulo atrás da prótese. O exame mais indicado para as mulheres que colocam prótese não é a mamografia, e sim a ressonância magnética, complementada pelo ultrassom de mamas.”
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