Dividir ou não a cama com seu bebê? Esse assunto é bastante polêmico e controverso. Afinal, muitos especialistas garantem que a cama compartilhada traz vantagens para o bebê, mas ela também pode ser perigosa em alguns casos.
Cama compartilhada com bebê é segura?
Os bebês reagem muito bem quando em contato com outro corpo. O calor, a voz tranquila, o cheiro e a aparência conhecidos colaboram para que a experiência de estar juntinho com você seja só positiva para seu bebê. Isso estimula, inclusive, o desenvolvimento cerebral dele.
A partir dessa teoria, surgiu o conceito de breastsleeping, que é a união da amamentação com o sono, ou seja o ato do bebê mamar dormindo. Para isso, porém, é necessário que ele durma junto com a mãe, na mesma cama, evitando que seja acordado para mamar de madrugada.
Pesquisas mostraram que a cama compartilhada com o bebê aumenta as chances da mãe conseguir amamentar por, pelo menos, seis meses, já que as mamadas acontecem com mais frequência.
A polêmica é que, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é perigoso dormir ao lado de um recém-nascido devido ao risco de morte súbita.
Vale lembrar, porém, que é chamada de morte súbita a morte durante o sono, sem explicações – e ela não está 100% associada à cama compartilhada.
Claro, se você optar por compartilhar a cama com o seu bebê, é preciso que tome alguns cuidados:
- Não consuma álcool ou drogas nos dias em que o bebê for dormir com você;
- O bebê sempre precisa dormir de barriga para cima. Nada de colocá-lo de lado;
- Para evitar quedas, o bebê precisa dormir entre a mãe e o pai, ou entre a mãe e a parede;
- Especialistas não recomendam que pessoas obesas compartilhem a cama com seus bebês;
- Tome cuidado com almofadas e lençóis, que podem cobrir o rostinho do bebê, atrapalhando sua respiração. O mesmo vale para vãos na cama;
- Os pais precisam desenvolver o chamado “sono consciente”, em que permanecem conscientes enquanto dormem, podendo ajudar a criança em qualquer necessidade.
Vantagens e desvantagens da cama compartilhada
É sabido que bebês que dormem perto da mãe choram menos, pelo simples fato de sentirem o toque e o cheiro da mãe. Além disso, os riscos deles engasgarem durante a noite são menores, visto que há alguém perto para ajudá-los a qualquer momento. Por fim, aumentam-se as chances de uma amamentação longa.
Temos que ressaltar, porém, o risco de esmagamento do bebê, sufocamento e queda da cama, apesar deles serem pequenos. Sem contar que a cama compartilhada contribui para a perda de intimidade do casal e a hierarquia familiar.
Co-sleeper
Se você quer as vantagens da cama compartilhada, mas não quer correr riscos, a melhor alternativa é o co-sleeper. Trata-se de um bercinho que pode ser acoplado à sua cama, facilitando o acesso ao bebê de madrugada para mamar. O moisés é outra opção bastante utilizada. 🙂